sexta-feira, 30 de maio de 2008

Post Duplo de Documentários: No Volverán! A Revolução Venezuelana Agora! (Tirem as Mãos da Venezuela)



Dos mesmos produtores de "Solidarity - Hands off Venezuela" e dos curtas sobre a Sanitarios Maracay, apresentamos "No Volverán! - A Revolução Venezuelana Agora!". Um documentário eletrizante de 1h30m de duração com legendas em português sobre a revolução venezuelana. Lançado em inglês e espanhol em 2007, este documentário foi produzido na Venezuela e trata do período que vai até pouco depois das eleições que reelegeram Chávez presidente em Dezembro de 2006.


Os documentaristas viajaram juntos com a delegação internacional da campanha Tirem as Mãos da Venezuela, visitando bairros pobres de Caracas e diversas fábricas sob controle dos trabalhadores na Venezuela, para entender melhor o movimento que pretende por fim ao capitalismo no país e inspira milhões de trabalhadores no mundo todo.


O que a grande mídia não mostra e/ou distorce, a campanha Tirem as Mãos da Venezuela busca trazer à tona neste documentário emocionante. Depoimentos de trabalhadores e verdadeiros lutadores venezuelanos que demonstram uma consciência incrível da luta de classes e das perspectivas para o avanço da revolução.

Post Duplo de Documentários: A Revolução Não Será Televisionada

Recentemente em uma das minhas aulas de economia, a professora insultava o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, o chamando de louco, por que: ele não gosta da mídia privada venezuelana; pela quebra de contrato com os sanguessugas da Petrobrás entre outros. Porém infelizmente essas acusações são feitas sem o consentimento do assunto, e ela não é a única a agir de tal modo. Nesses dois documentários que irei postar você poderá entender o porquê do presidente Hugo Chavez agir de tal modo.

Obs: Os documentários não são dos mesmos produtores, e não são continuações um do outro. Eles se complementam naturalmente.


A Revolução não será televisionada



O documentário "The revolution will not be televised" (A revolução não será televisionada), filmado e dirigido pelos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Briain, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez,realizado pela mídia privada em parceria com a oposição, em abril de 2002, na Venezuela.


Os dois cineastas estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos, respondido e esmagado pela espetacular reação do povo.Vídeo com legendas em português.

Link alternativo para o You Tube

Parte 1: http://br.youtube.com/watch?v=aQu8ic0WRXo
Parte 2: http://br.youtube.com/watch?v=ipXdMqtuVSc
Parte 3: http://br.youtube.com/watch?v=ORTLZVxspCI
Parte 4: http://br.youtube.com/watch?v=AZ6AbcB4SpY
Parte 5: http://br.youtube.com/watch?v=sUljGmAkMAk
Parte 6: http://br.youtube.com/watch?v=7n3SamkYq8U
Parte 7: http://br.youtube.com/watch?v=633OBY09e9Y
Parte 8: http://br.youtube.com/watch?v=OgcxfFeBowk
Parte 9: http://br.youtube.com/watch?v=k5M2Fc1jiFs
Parte 10: http://br.youtube.com/watch?v=CiD8oHCffiE

domingo, 25 de maio de 2008

Somos Um País Laico?

Em um país onde em sua nota está escrito “DEUS SEJA LOUVADO”, onde igrejas não pagam impostos, onde a religião e os dogmas religiosos interferem nas leis, outra pergunta deveria ser feita: Onde está a laicidade do Brasil?


Um país laico é aquele cujo a religião não interfere na República. Em um país laico: nunca um padre que nunca se quer pegou em um microscópio interferiria em uma pesquisa que leva anos, como as células troncos; nunca haveria uma estátua religiosa (Cristo Redentor) em locais públicos, a igreja não faria leis contra o aborto, e ousaria a aprovar leis como a que proíbe estúdios de tatuagem a atuarem na cidade de São Paulo; nunca um criminoso ao alegar ser evangélico teria sua pena reduzida, ou até mesmo não ser preso.


No papel, na constituição, somos um país laico, mas fora dele, nem de perto somos. E o governo continua a mentir, dizendo que somos um país laico, ma será que o governo acha que somos tão idiotas a ponto de acreditar nisso? Ou será que o Governo está mentindo para si mesmo?


Como se sente um muçulmano, judeu, hindu, ateu, budista, espírita. Agnóstico; enfim, todos aqueles que não são cristãos, em uma sociedade como a nossa? Em um país com inúmeros feriados cristãos como : natal, páscoa, dia de São Jorge, Dia de “Nossa Senhora”, Corpus Christ e de inúmeros outros santos e santas? Será que ficam encabulados e/ou nervosos com a situação de nosso país? Ou será que agem hipocritamente? Já que nesses dias não precisará trabalhar e dependendo até ganhará presentes. Agora finalizo com outra pergunta:


Quando seremos um país laico?

domingo, 18 de maio de 2008

Babycakes por Neil Gaiman





O mal hábito de se comemorar mortes

Ainda não sei quando que nasceu esse hábito, e muito menos quando que a maioria da humanidade o adiquiriu, só sei que ele se tornou freqüente.


Sempre que se quer comemorar algo sobre alguma pessoa que foi especial, sempre se fala no aniversário de sua morte. 40 anos de morte de Che Guevara, 30 anos de morte de Charlie Chaplin, sei lá quantos anos de morte de Zumbi de Palmares, e a lista vai ficando enorme.


Não que exista vida após a morte, mas eu acho que ninguém que estivesse morto gostaria de ver as pessoas comemorando os anos da sua morte. Por exemplo: esse ano completa 15 anos que meu avô paterno morreu, eu acho que eu não me sentiria bem e muito menos o meu avô (se existisse vida após a morte) em ver sua família e conhecidos comemorando os 15 anos de sua morte.


Não seria mais fácil comemorar a data de nascimento do falecido? Ou a data em que ele fez uma grande obra? Será que temos que transformar a desgraça em comemoração? Deveríamos comemorar na hora do enterro também. Não acham? Será que o morto (caso existisse vida após a morte) estaria comemorando conosco, onde quer que estivesse, a data de sua morte? Ou a família dele estaria alegre comemorando a sua morte?

sábado, 17 de maio de 2008

COSMOS de Carl Sagan- Episódio 9: A vida das estrelas



http://www.guba.com/watch/3000083631


Para do nada fazermos uma torta de maçã, necessitamos antes inventar o universo. A maioria dos átomos dos nossos corpos foram feitos no interior das estrelas. "Somos matéria estelar".



Com animação computadorizada e espantosa arte astronômica, é-nos mostrado como as estrelas nascem, vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue sair deles. O "último dia perfeito" da terra é representado daqui a 5 bilhões de anos, após o que o Sol, entrando na fase vermelha gigante, reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas.


Testemunhamos a explosão de estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos seres da Terra. No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos.

Para quem quiser ver dublado


Em 6 partes no YouTube
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=zTDE_wqYGMI
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=wKK-2_krdJE
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=5UOlTnUmmhs
Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=bQEYwcJLHJw
Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=11pF_9VL8pE
Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=eNnPjqC9M68

No GoogleVideo Completo
http://video.google.com/videoplay?docid=7689896500623823035

terça-feira, 13 de maio de 2008

Entrevista com o produtor de "Além do Cidadão Kane"


DIÓGENES MUNIZ
Editor de Informática da Folha Online


O professor britânico John Ellis, 55, do departamento de mídia e artes da Universidade de Londres, diz nunca ter dado uma "entrevista profunda" sobre o documentário "Muito Além do Cidadão Kane". Simon Hartog, diretor do filme, morreu em 1992, antes mesmo de a obra ser exibida no Reino Unido. Ellis tornou-se assim uma testemunha rara dos bastidores de um dos mais polêmicos filmes sobre a mídia e a política brasileiras.


Transmitido pela primeira vez em 1993, no canal britânico Channel 4, o filme usa o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como metonímia da concentração da mídia no Brasil --daí a referência a Charles Foster Kane, personagem criado por Orson Welles em "Cidadão Kane" (1941).


Políticos como Leonel Brizola (1922-2004), Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e Luiz Inácio Lula da Silva --apresentado como líder sindical-- falam sobre a emissora no filme. Ao comentar o governo Lula em entrevista à Folha publicada no caderno Mais! deste domingo, Ellis critica a criação de uma TV pública no Brasil. "Talvez seja tarde demais", pondera, por e-mail, de Londres.


Completando 15 anos, "Muito Além do Cidadão Kane" nunca foi transmitido pela TV brasileira --nem poderia, por questões de direitos de imagem. Virou, apesar disso, ou talvez por isso, um ícone na luta pela democratização do acesso à informação desde os anos 90, quando já circulava em VHS nos sebos e nas universidades.


O documentário, que custou cerca de US$ 260 mil [R$ 445 mil] à extinta produtora independente Large Door, na qual Hartog e Ellis eram sócios, já foi visto cerca de 800 mil vezes na internet. Nos fóruns da rede, é elogiado, criticado e ganha a alcunha de "a história proibida da Rede Globo".


Folha - O que acha de o governo Lula tentar erguer uma TV pública?

John Ellis - Talvez seja tarde demais para a criação de uma TV pública. O que ela mostraria na maior parte do tempo? Há claro, sempre espaço para uma melhora da informação pública na TV, tanto em notícias, em programas factuais, quanto nos assuntos presentes nas novelas, e como eles são abordados. A experiência no Reino Unido mostra que a TV pública deve ser separada do governo. Esse modelo de TV pública é possível no Brasil?


Nenhum governo que eu conheço iria querer criar agora uma empresa de telecomunicações se não pudesse controlá-la diretamente. Especialmente agora, quando há muitas TVs espalhadas pelo mundo. O serviço público de TV na Europa foi iniciado em uma época em que a TV era uma novidade.


Mesmo que a BBC seja separada do poder, quando a emissora foi realmente contra o governo em questões políticas específicas, o governo conseguiu reagir de maneira bem-sucedida contra essa oposição.


O sucesso da TV pública independente no Reino Unido não foi propriamente na área da política. Entretanto foi bem-sucedida na educação pública, sobre temas locais importantes, na participação social, na proteção do consumidor e até em melhorar o padrão geral dos programas no país.


Folha - O Sr. acha que o documentário "Muito Além do Cidadão Kane" ainda é atual?

Ellis - Ele descreve uma situação que evoluiu, mas não sei bem qual é a profundidade dessas mudanças. O filme é bem-sucedido também, com a ajuda de muitos arquivos que permitem fazer essa oposição, em contar a história do crescimento da dominação da Globo na mídia brasileira.


Essa é uma história importante e deveria ser conhecida pelo menos por todos que estão estudando a mídia nas universidades e qualquer pessoa que estiver interessada na história política do Brasil.


Folha - Há quem diga que o Channel 4 encomendou seu documentário para atacar a Globo, que ameaçava entrar no mercado europeu de TV. Isso é verdade?

Ellis - Definitivamente não. O objetivo do programa era justamente entender a TV no Brasil. No passado, o Channel 4 exibiu pelo menos uma novela da Globo ("Escrava Isaura"), mas a produção não foi um grande sucesso. Há uma enorme diferença entre a cultura das TVs do norte e do sul da Europa.


A Globo teria mais chances em mercados como Espanha, Itália, Grécia ou, especialmente, Portugal, mas não no Reino Unido. A competição no Reino Unido vem das empresas norte-americanas e das empresas de Rupert Murdoch (News International, BSkyB e o conglomerado da Fox).


Folha - O filme foi proibido?

Ellis - Isso não é verdade. A Large Door concedeu o direito de exibir o programa em eventos e em público a diversas organizações no Brasil. Não poderia ser transmitido pela televisão porque muitas imagens pertencem à TV Globo.


Fiquei sabendo que o vídeo foi mostrado em muitos eventos públicos no Brasil. Ele foi feito por meio da lei britânica de direitos autorais, que permite o uso de trabalhos escritos e, por extensão, audiovisuais, desde que "com o propósito de fazer comentários e revisões críticas" [sobre aquela obra].


O documentário foi finalizado por Simon em março de 1992. Ele entrou em coma no início de junho daquele ano e morreu em 17 de agosto sem ter recobrado a consciência. Eu supervisionei a revisão do programa e a inclusão de uma entrevista para atualizar o filme, que foi ao ar em maio de 1993.


No Brasil, talvez você possa considerar que o filme é proibido, já que a recusa da Globo em ceder os direitos de exibição de suas imagens significa que ele não pode ser transmitido por canais brasileiros.


Folha - O documentário é apontado por alguns como um produto manipulador, que usa uma falsa linearidade para induzir o público a acatar sua posição.

Ellis - Toda representação "manipula" o público. O filme tem uma narração linear exatamente porque quer mostrar o crescimento do poder da mídia durante um período difícil da história moderna do Brasil. Ele foi feito para uma audiência no Reino Unido que não sabia nada sobre a história do Brasil, não se esqueça! Deveria haver outras narrativas sobre essa história também.


Folha - Nos últimos anos, o Brasil viu se intensificar uma guerra entre a Record e a Globo. O sr. tem acompanhado?

Ellis - Não tenho acompanhado de perto essa história. Mas sei que duas empresas estavam interessadas em comprar os direitos de "Muito Além do Cidadão Kane" no Brasil quando ele foi mostrado pela primeira vez no Reino Unido. Uma era a própria Globo.


Eles perderam o interesse quando disse a eles que poderiam comprar os direitos de TV, mas não as licenças para exibição em público e a distribuição de VHS, já que esses direitos já haviam sido concedidos a outras organizações no Brasil.


A outra empresa era a TV Record. A igreja [Universal do Reino de Deus] já tinha uma filial em Londres naquela época. Mas percebeu que haveria uma disputa judicial com a TV Globo a respeito das muitas imagens retiradas da programação deles. Então decidiu não comprá-lo.