quinta-feira, 26 de junho de 2008

BBC- Universos Paralelos




Imagine que você pudesse encontrar uma explicação para tudo no Universo, desde os eventos mais insignificantes até os mais gigantescos possíveis. Este é o sonho que tem cativado os mais brilhantes cientistas desde Einstein. Agora eles acreditam que talvez a tenham encontrado. A teoria é de tirar o fôlego e tem uma extraordinária conclusão: o Universo em que vivemos não é o único.


A teoria da relatividade geral de Einstein dá margem à existência de "buracos de minhoca", ou portais que conectam universos paralelos, por vezes chamados de "pontes de Eintein-Rosen". Mas ainda não se sabe se as correções quânticas permitiriam a realização de tal jornada.


Embora no passado tenha sido considerada uma idéia absurda, o conceito do "multiverso" gerou recentemente grande interesse em meio a físicos de várias tendências. Primeiro, a principal teoria consistente com os dados do WMAP é a teoria "inflacionária", proposta por Alan Guth, do MIT, em 1979.A idéia do universo inflacionário explica elegantemente vários mistérios cosmológicos persistentes, incluindo o achatamento e a uniformidade do universo.


Mas, considerando que os físicos ainda não sabem o que motivou esse processo inflacionário rápido, ainda existe a possibilidade de que isso possa ocorrer novamente, em um ciclo interminável. Essa é a idéia de Andrei Linde, da Universidade Stanford, segundo a qual de "universos pais" brotam "universos bebês", em um ciclo contínuo e eterno.


A relatividade não é apropriada para explicar o instante do big bang, no qual o universo era menor do que uma partícula subatômica. Naquele momento seria de se esperar que os efeitos da radiação suplantassem os da gravidade, e, sendo assim, precisamos de uma descrição quântica da gravidade. De fato, um dos maiores desafios para os físicos é unificar essas teorias em uma teoria única e coerente de todas as forças do universo.


Até o momento, a principal candidata à “teoria do tudo” é a teoria das cordas. A mais recente encarnação da teoria das cordas, a teoria-M, pode responder a uma questão que há séculos confunde os defensores das dimensões superiores: onde estão essas dimensões?


Na velha concepção de teoria das cordas, era necessário "enrolar" ou dobrar seis de dez dimensões originais, para que sobrasse o atual universo tetradimensional. Essas dimensões indesejáveis eram compactadas em uma minúscula bola (denominado espaço Calabi-Yau), demasiadamente pequena para ser observada.


Mas a teoria-M acrescenta uma novidade a esse quadro: o tamanho de algumas dessas dimensões superiores pode ser grande, ou mesmo infinito. Imagine duas folhas paralelas de papel. Se uma formiga vivesse em cada uma das folhas, cada um dos insetos veria a sua folha como sendo todo o universo, sem saber da existência de um outro universo vizinho. De fato, o outro universo seria invisível.


Cada formiga levaria a sua vida sem saber da existência de um outro universo a apenas alguns centímetros de distância. De maneira similar, o nosso universo pode ser uma membrana flutuando em um hiperespaço de 11 dimensões, e pode ser que desconheçamos a existência dos universos paralelos que flutuam nas nossas vizinhanças.


Cada um desses universos paralelos se desloca velozmente na direção do outro até colidirem, liberando uma quantidade colossal de energia. Essa explosão cria o nosso universo conhecido e faz com que os dois universos paralelos sejam arremessados em direções opostas do hiperespaço.


Devo lembrar que estas idéias não saem de pessoas que acham que sabem algo de Física e sim das mentes dos Físicos mais conceituados do planeta.

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